Grupos cívicos contra a Barragem de Fridão criam associação cívica

10 05 2010

Os grupos e movimentos cívicos que nos últimos tempos se têm manifestado contra a construção da Barragem de Fridão, em Amarante, juntaram-se e constituíram, na sexta-feira passada, uma associação.

A Associação cívica Pró-Tâmega, representada por 13 elementos dos grupos cívicos, oriundo de todo o Tâmega, tem como objectivo prioritário unir esforços para dar voz a uma região há muito esquecida pelos sucessivos Governos, como explica à NFM, Artur Freitas, porta-voz do movimento Por Amarante Sem Barragens, e elemento da nova associação.

 Depois de constituída na sexta-feira, os membros da nova associação reúnem, esta noite, em Mondim, para eleger os corpos sociais… entre outros assuntos em discussão na reuniam de hoje, Artur Freitas revela que hoje vai ser decidido se avançam ou não com uma acção em tribunal contra o Governo, para que a construção da barragem não avance.

Nesta fase, a prioridade da associação é impedir que seja construída a barragem de Fridão, no futuro prometem estar atentos a todas as questões que digam respeito á bacia do Tâmega.





Grupo Cívico Por Amarante Sem Barragens critica declaração de Impacto Ambiental condicionada à cota mais Baixa

3 05 2010

Depois do Ministério do Ambiente dar luz verde à barragem do Fridão, com a emissão, na sexta-feira, da declaração de impacto ambiental (DIA) condicionada à cota mais baixa da barragem de Fridão, o Grupo Cívico Por Amarante Sem Barragens promete não cruzar os braços e continuar na luta contra a construção da infra-estrutura já que os riscos da construção foram calculados tendo em conta a cota mais baixa.

Artur Freitas, o porta-voz do grupo promete ir até às últimas consequências para que a barragem não avance.

A barragem, a ser construída pela EDP, num investimento de 242 milhões de euros, está inserida no plano nacional com elevado potencial hidroelétrico, sendo a terceira a receber o parecer, depois do Alvito e Foz Tua.

A Declaração Impacto Ambiental impõe a cota mais baixa em avaliação (NPA 160) e diversas medidas ao nível dos recursos hídricos, tendo em vista a salvaguarda da qualidade da água, explicou a mesma fonte.

Ao nível do património, a declaração prevê também medidas de compensação patrimonial, como a transladação conjunta da Capela do Senhor da Ponte e da Ponte medieval de Vilar de Viando.

O aproveitamento hidrolétrico do Fridão terá uma capacidade instalada de 160 megawats.

O empreendimento afecta os concelhos de Amarante, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto e Mondim de Basto.





Em situação de ruptura barragem de Fridão inundaria Centro Histórico de Amarante

9 03 2010

Uma ruptura na futura barragem de Fridão poderá levar ao desaparecimento do centro histórico de Amarante. A situação é denunciada pelo Movimento Por Amarante Sem Barragens, depois de uma resposta do INAG a um pedido do Movimento, sobre as implicações de segurança da barragem.
Hugo Silva, do Movimento Por Amarante Sem Barragens, lembra que desde o inicio do processo exigiram respostas sobre as implicações de segurança da barragem, tendo mesmo enviado em Agosto uma carta aberta ao presidente da câmara para questionasse o INAG sobre o assunto, no entanto, acusa o presidente Armindo Abreu de ter feito “orelhas moucas” sobre o assunto.
Sem resposta da autarquia, o movimento pediu esclarecimentos directamente ao INAG. A resposta chegou ontem e é clara – o pior cenário previsto pelo movimento confirma-se. A haver uma ruptura na barragem à cota de 170, a água subiria na ponte de S. Gonçalo cerca de 13, 5 acima do tabuleiro o que levava ao desaparecimento do centro histórico.
De resto, o Movimento Por Amarante sem Barragens interpôs também uma providência cautelar no Tribunal de Penafiel exigindo por parte do INAG respostas claras sobre as implicações da construção da infra-estrutura e que seja aumentado o prazo de análise do estudo de impacte ambiental.
A NFM tentou uma reacção do presidente da câmara municipal sobre o assunto, mas tal não foi possível.





Partido ecologista apresenta teor do parecer sobre construção da Barragem de Fridão

4 03 2010

O partido ecologista Os Verdes vai apresentar, esta quinta-feira, em Amarante o teor do parecer sobre a construção da Barragem de Fridão entregue à Agência Portuguesa de Ambiente, no âmbito da consulta pública do Estudo de Impacto Ambiental (EIA), que já terminou.
Desde o início da apresentação do Programa Nacional de Barragens que “Os Verdes” consideraram esta barragem “inaceitável” devido a questões de segurança e impactos ambientais que consideram não terem sido devidamente avaliados na Avaliação Estratégica do Programa.
Os Verdes consideram ainda que no Estudo de Impacto Ambiente do pré projecto do empreendimento, muitos destes impactos são cada vez mais visíveis e inaceitáveis, “ainda que se tenha tentado minimizá-los ou omiti-los”.





Associação Ambientalista considera que aproveitamento hidroeléctrico da Barragem de Fridão terá impactos negativos irreversíveis

16 02 2010

A organização ambientalista GEOTA, Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente, considera, num parecer ontem enviado à Agencia Portuguesa do Ambiente, que a barragem de Fridão apresenta “impactes muito significativos e irreversíveis”.
Segundo o parecer, “a barragem apresenta impactes negativos, com verdadeira relevância nacional e um efeito avassalador à escala regional, como é reconhecido no próprio Estudo de Impacte Ambiental”.
A posição da GEOTA aconteceu ontem no dia em que terminou o período de consulta pública do Estudo de Impacte ambiental da barragem de Fridão.





Autarcas de Basto reclamam 2,5 % da facturação da energia produzida pela futura barragem de Fridão

16 02 2010

Os autarcas da região de Basto reclamam 2,5% da facturação da energia produzida na futura barragem de Fridão e novas acessibilidades para compensar os prejuízos causados pela construção do equipamento.
No último dia do período de consulta pública do estudo de impacto ambiental, os três presidentes de Câmara, de Cabeceiras, Celorico e Mondim, apresentaram um caderno de sete medidas de compensação. À cabeça surgem uma comparticipação de 2,5% da facturação do aproveitamento hidroeléctrico, a construção da Variante do Tâmega, na ligação entre Celorico e Arco de Baúlhe, com ligação a Mondim, e uma ecopista.
Joaquim Barreto, presidente da Câmara de Cabeceiras de Basto, reclama ainda investimentos na albufeira virados para o turismo.
O autarca de Cabeceiras faz ainda reparos ao estudo de impacto ambiental, cuja discussão pública terminou ontem, considerando que o documento é insuficiente e deve ser corrigido.
Exigências sem as quais não haverá luz verde à construção da barragem de Fridão por parte dos três homens que lideram as câmaras da região de Basto: o socialista Joaquim Barreto (Cabeceiras) e os sociais-democratas Joaquim Mota e Silva (Celorico) e Humberto Cerqueira (Mondim).
Entretanto terminou ontem o período de consulta pública do estudo de impacto ambiental do projecto, mas a construção da barragem de Fridão continua a não ser consensual.
O estudo de impacto ambiental explica que a barragem de Fridão, entre outras consequências, vai inundar 817 hectares de terreno em cinco concelhos, cobrindo 108 casas e anexos, as instalações de duas empresas, nove praias fluviais e o parque de campismo de Mondim de Basto.





Consulta Púbica do estudo de impacte ambiental da barragem de Fridão termina hoje – Autarcas de Basto apresentam hoje posição conjunta sobre a construção da infra-estrutura

15 02 2010

A consulta pública do Estudo de Impacte Ambiental do Aproveitamento Hidroeléctrico de Fridão, em Amarante, termina esta segunda-feira. A construção da barragem tem marcado a actualidade nos últimos meses, com muitas opiniões sobre a viabilidade da construção e os impactos negativos que vai implicar não só no concelho de Amarante, como em concelhos limítrofes. Hoje mesmo, os autarcas de Celorico de Basto, Joaquim Mota e Silva, de Mondim, Humberto Cerqueira, e de Cabeceiras, Joaquim Barreto, vão apresentar, em conferência de imprensa, uma tomada de posição conjunta sobre a construção da barragem.
De resto, quem já tomou posição foi a câmara de Amarante, que aprovou na semana passada uma moção onde manifesta total oposição à construção da Barragem em nome dos interesses dos cidadãos, uma moção que será agora remetida ao Ministério do Ambiente.
Quem também está preocupado com a construção da Barragem é o presidente da junta de freguesia de Fridão, José Teixeira, que em entrevista à NFM, diz compreender a necessidade de produzir energia, no entanto fala em perdas significativas para a freguesia.
Mas nem tudo é negativo. José Teixeira fala nas vantagens para Fridão, nomeadamente no que se refere às acessibilidades.
No que diz respeito à opinião dos habitantes da freguesia, José Teixeira diz que este é o assunto que marca a ordem do dia, e apesar de não se poder quantificar as opiniões o autarca diz que a grande parte é favorável à construção da barragem.





Último debate sobre Barragem de Fridão esta sexta-feira

12 02 2010

Em Amarante esta sexta-feira realiza-se o ultimo debate sobre a Barragem de Fridão. A Comissão de Acompanhamento da Assembleia Municipal sobre a Consulta Pública do estudo de Impacte Ambiental (EIA), da Barragem de Amarante/Fridão, realiza esta noite o último debate, com a participação de investigadores universitários bem como representantes e técnicos da Electricidade de Portugal (EDP), entidade promotora do Estudo de Impacte Ambiental para a Barragem de Amarante/Fridão.
O debate está marcado para as 21H00, no Auditório do Centro Pastoral de Amarante, em S. Lázaro.
Refira-se O Estudo de Impacte Ambiental do Aproveitamento Hidroeléctrico de Fridão, encontra-se em consulta pública até ao próximo dia 15 de Fevereiro.





Câmara de Mondim de Basto está a preparar um caderno reivindicativo de medidas compensatórias pela construção da barragem de Fridão

10 02 2010

A Câmara de Mondim de Basto está a preparar um caderno reivindicativo de medidas compensatórias pela construção da barragem de Fridão. Em declarações à NFM, o presidente da câmara de Mondim, Humberto Cerqueira, explica que estas reivindicações são feitas para que se faça justiça com um dos concelhos mais prejudicados com a construção da barragem.
O autarca revela algumas das medidas que constarão do caderno reivindicativo, entre elas, a 2,5% da facturação da venda de energia produzida.
Agora os pedidos vão ser entregues à EDP. Humberto Cerqueira espera abertura por parte da empresa.
Refira-se que Estudo de Impacte Ambiental do Aproveitamento Hidroeléctrico de Fridão encontra-se em consulta pública até ao próximo dia 15 de Fevereiro.





PSD e Verdes querem ouvir ministra sobre barragens

27 01 2010

O grupo parlamentar do PSD anunciou, esta tarde, que vai requerer a presença da Ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, para esclarecer o Plano Nacional de Barragens (PNB), onde se incluiu a barragem de Fridão.

O anúncio foi feito pelo deputado social-democrata António Leitão Amaro durante a discussão dos projectos de resolução apresentados pelo partido ecologista Os Verdes e pelo Bloco de Esquerda que pedem, no primeiro caso, a suspensão do plano e, no segundo, uma reavaliação do programa, com a exclusão das barragens de Foz Tua e de Fridão.

O deputado do PSD considerou que há, nesta matéria, um grande “cinzentismo” em torno das propostas do Governo e dos partidos à esquerda, que pedem a suspensão e reavaliação, por isso quer ver a ministra esclarecer as dúvidas que o PNB suscita.

A deputada de Os Verdes, Heloísa Apolónia, interveio de imediato para garantir que a sua bancada já havia pedido a presença da ministra na comissão.

Heloísa Apolónia (Os Verdes) justificou o pedido de suspensão do plano, considerando que ele assenta em “estudos manipulados e desactualizados”. Rita Calvário, do Bloco de Esquerda, considera que o documento tem de ser reavaliado e dele excluídas duas barragens: Foz Tua e Fridão. Neste último caso, a deputada aponta razões de segurança e ambientais.

O deputado do PS, Acácio Pinto, considera “impensável” suspender o Plano Nacional de Barragens, realçando que ele tem em vista “reduzir importação de petróleo e diminuir a dependência energética, reduzir as emissões de CO2 e criar riqueza e emprego”.